Comissão de sindicância concluiu que não houve fraude, mas "falhas técnicas" e recomendou homologação parcial do Quadro Geral

16/02/2011 16/02/2011 00:00 439 visualizações

O relatório da comissão de Sindicância criada por determinação do ex-reitor da Unitins, André Luiz de Matos Gonçalves, não concluiu pela anulação do certame. O documento ao qual o site Roberta Tum teve acesso na tarde desta quarta-feira, 16 mostra que a comissão apontou falhas no trabalho da Fundação Universa e recomendou a "homologação parcial" do concurso. A recomendação não foi acatada pelo reitor, que optou por recomendar a anulação do certame, mesmo diante da ausência de provas de fraude ou vazamento de provas.

A comissão de Sindicância composta em 15 de março de 2010 – mais de um ano depois da realização do certame - e que concluiu seus trabalhos em 13 de abril do ano que passou, finalizou seus trabalhos concluindo que não houve fraude nem vazamento de informações que pudessem comprometer o Concurso do Quadro Geral, mas “falhas técnicas” por parte da Fundação Universa, contratada pela Unitins para confeccionar e corrigir as provas.
Ao concluir o trabalho, a presidente e os dois membros indicados relatam e assinam: “Da apuração deste ponto/item (grau de comprometimento que as alterações podem ter causado na lisura do pleito e na seleção dos candidatos) ficou comprovado que em momento algum do certame houve fraude,inviolabilidade de provas (sic), vazamento de informações, bem como qualquer irregularidade na aplicação do certame, a não ser a anulação das questões que comprometeram a seleção dos candidatos”.

Ex-reitor recomendou anulação por entendimento pessoal
Já o reitor à época, nomeado pelo ex-governador Carlos Gaguim (PMDB), emitiu opinião pessoal desconsiderando o entendimento da comissão para recomendar a anulação de todas as provas do certame.
Diz André Gonçalves: “em primeira análise inclinei-me a concordar com o entendimento da comissão e aproveitar, em homenagem ao princípio da economicidade, a parte do concurso com menor ocorrência de equívocos de maior gravidade. No entanto, considerando a insegurança e descrédito gerado na aplicação, seleção e resultado, tenho que na relação custo benefício não compensa tal solução”
A conclusão do reitor à época foi anunciada dois dias após a conclusão dos trabalhos da comissão sindicante presidida pro Josefa Wieczorek. Ao recomendar a anulação, o reitor, que também é procurador do Estado e acompanhou a realização do concurso público do Quadro Geral, no dia das provas, da sede da Unitins, mandou publicar seu parecer e encaminhá-lo “em momento oportuno” para ser juntado aos autos de ação popular para “de contribuir com a decisão do nobre magistrado responsável pela condução do feito popular”.
Sem provas de fraude.

O relatório final da comissão sindicante com a conclusão pela homologação parcial, e a recomendação do ex-reitor, que tem o entendimento de que o certame deve ser totalmente anulado foi juntado aos autos de Ação Popular em curso, segundo explicações da Unitins, por se tratar de momento propício à juntada de provas.
Nenhuma prova de irregularidade do certame consta no entanto no processo da sindicância, ou no relatório final, além das informações de falhas de impressão e erros na divulgação dos gabaritos, que já são de domínio público.

Com Fonte: Portal Roberta Tum