Presidente do SISEPE fala sobre a transição da operadora do PlanSaúde ao Jornal do Tocantins

30/03/2011 30/03/2011 00:00 453 visualizações

PLANSAÚDE
Médicos dizem temer atrasos e paralisam atendimentos
Segundo profissionais, pagamentos dos últimos dois meses de contrato com prestadora podem não ocorrer

Servidores assistidos do Plansaúde (plano de saúde dos servidores públicos e seus dependentes) reclamam de não estar sendo atendidos. O problema, segundo os servidores, ocorre devido à paralisação de alguns médicos da rede por falta de pagamento e por temernão receber os últimos dois meses de contrato com a atual prestadora. A informção foi confirmada pelo Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed-TO) ontem. No entanto, só até ontem, segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), Cleiton Lima Pinheiro, cerca de 150 beneficiários do Plansaúde procuraram a entidade para reclamar da falta de atendimento. O atual modelo do Plansaúde não será renovado com a Unimed Centro-Oeste e Tocantins. O contrato está previsto para ser encerrado no próximo dia 14 e o governo deverá fechar com operadoras locais das redes da Unimed dos municípios de Palmas, Gurupi e Araguaína. Mulheres grávidas, inclusive, em processo de pré-natal, não teriam consultado devido à paralisação de profissionais. "Tivemos reclamação da parte de filiados, de que o atendimento não estaria sendo feito", disse o sindicalista.?O presidente contou que temendo uma possível paralisação por conta da transição da operadora administrativa, a categoria se reuniu, na última quarta-feira, com o secretário da Administração do Estado, Lúcio Mascarenhas, a fim de saber como ficaria a situação e quais as garantias dos servidores com relação ao plano de saúde. "Ele garantiu que não haveria paralisação e que médicos e servidores não teriam prejuízos", enfatizou Pinheiro.

Simed A presidente do Simed, Janice Painkow, confirmou que alguns profissionais da rede médica e fornecedores de seus serviços aos filiados do Plansaúde não estão realizando atendimento. Isso acontece porque esses profissionais estão receosos em não receber o referente aos dois últimos meses de trabalho. "A Unimed Centro-Oeste e Tocantins sempre paga com um mês de atraso. Sei que o Estado já repassou para a empresa até o mês de janeiro e que alguns médicos ainda nem receberam o referente a dezembro. Atualmente, existem médicos que estão com três meses de atraso", afirmou.?Janice é a favor da paralisação e tem expectativas quanto a possíveis melhoras que poderão ser geradas com a transição de operadora. "O profissional não tem condição de se manter e nem as despesas do consultório. Espero que, com a mudança, o prazo para o repasse diminua, que o valor da consulta seja alterado e que, com isso, haja mais médicos disponíveis", destacou.

Unimed O superintendente Operacional da Unimed Centro-Oeste Tocantins, Gilmar Braz da Rocha, negou o atraso de três meses no pagamento dos médicos. Ele afirmou que todo o repasse feito pelo governo foi pago. "Pode ser que exista um ou outro que não tenha recebido. Eventualmente, há atraso de alguns dias devido à pendência de nota fiscal", ponderou o superintendente. Segundo ele, o processo todo, desde o atendimento prestado pelo médico, até o recebimento pelo serviço, leva 90 dias. "É pertinente dizer que o profissional só recebe o serviço prestado após 90 dias. Mas é diferente dizer que ele está com o pagamento atrasado há três meses. Não tem o menor sentido", frisou.?No dia 17 de março, o Jornal do Tocantins publicou, com exclusividade, reportagem informando que o Estado não renovaria o contrato com a atual prestadora do plano, Unimed Centro-Oeste e Tocantins, e que negociava com prestadoras locais. Além disso, o governo assegurou que os 91.412  beneficiados do Plansaúde não seriam prejudicados com a migração.
Mudança O atual contrato com a Unimed Centro-Oeste e Tocantins se encerra no dia 14 de abril. O governo estadual garante que, antes de se encerrar o contrato, as novas prestadoras estarão contratadas e os mais 90 mil beneficiários não terão problemas.


(Fonte: Jornal do Tocantins)