O Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO,) entidade filiada à Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) convoca todos os servidores para uma grande manifestação contra o desmonte da previdência social.
O protesto vai acontecer no dia 15 de março, próxima quarta-feira, às 08h30.A concentração vai ser em frente ao Colégio São Francisco, na Quadra 108 norte. A manifestação vai percorrer a Avenida JK até a Assembleia Legislativa na Praça dos Girassóis.
O movimento está sendo organizado pelas centrais sindicais no Tocantins e tem como objetivo chamar a atenção da população e políticos estaduais para o fim da aposentadoria proposto pela PEC 287/2016, a chamada “Reforma da Previdência,” do Governo Federal.
Para as centrais sindicais, que se posicionam contrariamente à proposta, a sociedade precisa reagir agora para não sofrer no futuro quando pode ficar sem aposentadoria, um direito garantido a todo trabalhador pelos anos de contribuição em prol do desenvolvimento do país.
Depois de conseguir aprovar a PEC da Morte, que congela os investimentos em saúde, educação e programas sociais por 20 anos, o Governo Federal vem pregando mentiras ao tentar defender a “reforma previdenciária,” que, se aprovada, acabará de vez com o legítimo direito à aposentadoria.
Confira as mentiras que o governo conta para tentar aprovar o desmonte da previdência:
O governo diz que a previdência está quebrada!
É mentira! A previdência não pode ser analisada isoladamente. Ela integra um sistema denominado Seguridade Social, que engloba a Previdência, Assistência Social e Saúde. Somando as diversas fontes de financiamento, o resultado é positivo. Em 2015, o superávit foi de R$ 11,2 bilhões.
Os servidores públicos serão impactados com a reforma?
Sim! A PEC irá obrigar os estados a criarem fundos de previdência complementar para os novos servidores, como a União fez. Com essa mudança, os servidores terão o benefício limitado ao teto do INSS, podendo receber um complemento se quiserem aderir ao fundo.
Vai ter idade mínima para a aposentadoria?
Sim! Idade mínima de 65 anos com tempo mínimo de contribuição de 25 anos. A regra é igual para homens e mulheres. O governo ignorou o fato de que as mulheres cumprem duas ou três jornadas, contando o trabalho diário, o cuidado com os filhos e o companheiro, a atenção da casa, entre outras funções que elas assumem concretamente.
Com 65 anos, o trabalhador pode se aposentar com 100% dos rendimentos.
Para se aposentar com 100% será necessário contribuir por 49 anos. Pra se ter uma idéia, o trabalhador que começou a trabalhar e contribuir aos 20 anos e nunca parou, conseguirá a aposentadoria integral próximo aos 70 anos.
E a aposentadoria especial também será afetada?
Sim. Hoje os trabalhadores expostos a atividades perigosas ou insalubres têm direito à aposentadoria integral com 15, 20 ou 25 anos de trabalho. O presidente Michel Temer quer que esses trabalhadores contribuam por, no mínimo, 20 anos, e só se aposentem aos 55 anos. O cálculo da aposentadoria será 51% do salário médio mais 1% de contribuição. Ou seja, eles ficarão mais tempo expostos ao risco e não terão mais aposentadoria integral.
Em caso de morte do trabalhador, os dependentes receberão pensão?
Se a “reforma” for aprovada, o beneficiário não poderá acumular pensão e aposentadoria. Será preciso escolher uma das duas. A pensão deve ser de 50% da aposentadoria do trabalhador falecido, mais 10% por dependente, podendo ser inferior a 1 salário mínimo.
Essas regras valem pra todos?
A “reforma” só não atinge os militares. O restante dos trabalhadores brasileiros serão afetados.
Não deixe sua aposentadoria acabar. Reaja agora ou morra trabalhando! Venha para a rua protestar!
O quê:Grande manifestação contra o desmonte da previdência
Quando: 15 de março, às 8h30
Onde: Em frente ao Colégio São Francisco na Quadra 108 Norte, com trajeto pela Avenida JK até a Assembleia Legislativa.
