Mais de dez mil pessoas foram às ruas nesta sexta-feira, 28, em Palmas no ato público contra a PEC 287 que propõe a Reforma da Previdência. O Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), esteve presente na caminhada que percorreu a Avenida JK, com uma concentração em frente ao Colégio São Francisco até a rotatória da Avenida NS 2 (Banco Bradesco).
Durante seu discurso na manifestação o presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro ressaltou a grandeza do ato que reuniu servidores públicos municipais, estaduais e federais, trabalhadores celetistas e mais de 50 entidades sindicais.
“Estamos hoje concentrados nas ruas para mandar um recado para os deputados federais e senadores tocantinenses, digam não a Proposta de Emenda Constitucional que quer acabar com a aposentadoria”, ressaltou Cleiton.
Em sua fala durante a caminhada, o presidente do SISEPE-TO também comentou a importância de se cobrar dos senadores do Tocantins, o voto contrário à Reforma Trabalhista, que agora será colocada na pauta no Senado Federal.
“Eles precisam ouvir o recado das ruas. Porque nas eleições, não aceitaremos traidores. Estamos de olho no voto de cada deputado e de cada senador. Não vamos aceitar! Queremos dizer aos deputados federais que traíram os trabalhadores aprovando a Reforma Trabalhista contrariando a vontade do povo do Tocantins, nos tirando direitos que conquistamos com muita luta há mais de 70 anos: ninguém será perdoado”, afirma Cleiton.
A manifestação mobilizou a Capital, comerciantes e todo mundo que passava pela Avenida JK que ficou tomada pelo ato que deixou claro a indignação da população que protestava contra as reformas.
Apesar dos servidores públicos terem sido retirados texto original, a expectativa é que se a Reforma for aprovada no Congresso, o governo federal obrigue os estados e municípios a segurem a legislação federal. Para o presidente Cleiton Pinheiro o recado das ruas foi claro: não devemos votar em parlamentares que apóiam o desmonte da Previdência.
“A Reforma da Previdência vai fazer com que o servidor público trabalhe até a morte e não receba sua aposentadoria. Aquele que decidir, não terá mais o direito a aposentadoria integral. O presidente Michel Temer quer tirar este direito do trabalhador, isso é um verdadeiro confisco aos direitos trabalhistas. O trabalhador contribuiu a vida inteira e não vai conseguir o benefício. Vamos deixar um recado claro aos nossos deputados federais, vamos memorizar o nome de cada um, para quando chegar em 2018 nós sabermos em que não vamos mais votar, quem não vamos mais eleger!”, afirma Cleiton.
Araguaína
Em Araguaína o ato contou com a participação de aproximadamente mil e quinhentas pessoas. A manifestação percorreu a principal avenida da cidade, a Cônego João Lima, e finalizou em frente à Câmara Municipal. Cerca de 20 sindicatos participaram da mobilização. “A manifestação foi pacífica e contou com a participação dos servidores públicos que não aceitam a Reforma da Previdência do governo federal.” Avaliou o diretor regional Ronaldo Sérgio.
Porto Nacional
Em Porto Nacional a manifestação começou às 8h da manhã na Praça do Centenário onde os manifestantes fizeram uso da palavra para defender a previdência. Em seguida os manifestantes tomaram as ruas e foram até a casa do senador tocantinense Vicentinho Alves onde cobraram do parlamentar que vote contra a reforma da previdência. Toda a manifestação ocorreu pacificamente. “Tivemos uma boa adesão. Além dos sindicatos tivemos apoio de escolas e da sociedade. O recado foi dado. Aquele que votar a favor da reforma não voltará à Brasília em 2018”, declarou o diretor regional do SISEPE-TO, Silvano Pereira.
Gurupi
Na cidade de Gurupi o ato contra a Reforma começa às 16h, com concentração na Praça Santo Antônio e caminhada em direção ao Parque Mutuca.