Igeprev deixou de receber R$ 171,5 milhões da contribuição dos servidores

12/05/2020 04/06/2020 18:36 668 visualizações
Os valores foram descontados dos salários dos servidores públicos, mas R$ 171,5 milhões de contribuição previdenciária não foram repassadas ao Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) gerando um grande prejuízo ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Os atrasos são de 2017 até dezembro de 2019, sendo que outros repasses podem estar ocorrendo este ano, pois o Igeprev não enviou nenhum Demonstrativo de Informações Previdenciária e Repasses à Secretaria de Políticas de Previdência Social do Ministério da Economia. Conforme o Relatório de Irregularidades, feito pelo governo federal com base nos dados enviados pelo Igeprev , R$ 60,7 milhões de contribuição previdenciária descontados do salário dos servidores públicos de setembro a dezembro de 2017 deixaram de ser repassados ao Instituto. Ainda de 2018, que já teve repasse feito em atraso ao Igeprev, temos R$ 23,6 milhões dos servidores que não foram repassados. De 2019, R$ 87,1 milhões não foram repassados, valores também dos servidores. O levantamento foi realizado na última sexta-feira, 8, com base nos dados informados pelo Igeprev ao governo federal. "Estamos falando de um crime: apropriação indébita do dinheiro dos servidores públicos, pois cabe ao governo do Estado apenas descontar a contribuição previdenciária do servidor e repassar ao Igeprev. Mas, o governador Mauro Carlesse, descumprindo a legislação, tem atrasado os repasses por anos e agora quer reduzir a participação dos servidores públicos nos conselhos do Igeprev", pondera o presidente do SISEPE-TO, Cleiton PInheiro. O SISEPE-TO alerta os servidores públicos e os deputados estaduais que é preciso aprimorar a fiscalização da gestão do Igeprev e garantir a independência do Instituto, que deve ser gerido por seus segurados e não pelo governador Carlesse. "Por isso, a defesa do SISEPE-TO é que o controle do Igeprev tem que ficar na mão do servidores públicos – segurados – e não de um governador ou outro”, finaliza Pinheiro.